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O
s tempos que correm são dominados pelas questões financeiras. Mais concretamente, pela chamada Crise Financeira que abala o mundo. Não há jornal, telejornal ou programa de rádio que não refira a existência da crise. Mas estaremos mesmo em crise?
Já na década de 70 do século passado, os Supertramp perguntavam “Crise? Qual crise?”. É um assunto recorrente, do qual, volta e meia, não nos livramos. E, desta vez, parece que chegou em força. Esta crise ou, como disse recentemente Steve Balmer, CEO da Microsoft, "estes problemas", são consequência, digo eu, da gripe que atacou todo o sistema financeiro mundial. Causada pelo vírus da ganância e da falta de bom senso de muitos. E acelerada pela globalização e pela falta de confiança generalizada, que se repercute diariamente nas Bolsas de todo o mundo. A este nível, o corpo, o hospedeiro é todo o mundo. E o mundo está visivelmente doente.
Que a economia funciona por ciclos já todos sabíamos. E a um ciclo de forte crescimento económico, em que o último terá sido nos anos 90, segue-se um ciclo de desaceleração desse crescimento (que já dura há meia dúzia de anos), de estagnação, ou mesmo de decrescimento - a chamada recessão. A qual já se anuncia em países nossos vizinhos e parceiros comerciais, o que é deveras preocupante.
Por tudo o que ouço, leio e presencio, concluo que as piores consequências desta fase má por que passa o sistema financeiro mundial ainda estão para chegar. Penso que é ser realista pensar que não iremos conseguir passar incólumes. Não nos iludamos, se os nossos parceiros comerciais entrarem em recessão económica, como parece ser o caso da Espanha, nós teremos a mesma sorte. Inevitavelmente.
As consequências mais visíveis serão ao nível do que conhecemos por economia real - o Estado, as Empresas, as Famílias. Na prática, todos nós. A falta de liquidez do sistema, o decréscimo do investimento, as dificuldades de tesouraria nas empresas e instituições, a reestruturação e o encerramento de empresas com o consequente aumento do desemprego, a redução do rendimento disponível das famílias e a baixa no consumo privado são, todos eles, consequências expectáveis daquilo que se avizinha. Infelizmente, digo eu.
A forma como se está a tentar combater esta doença, injectando confiança (e milhões, muitos milhões) nos mercados, parece-me ser uma boa forma de combater a situação no curto prazo. Todos os responsáveis governativos, de todos os países que contam, parecem de facto estar sensibilizados e activos nessa urgente e imprescindível tarefa. Ainda bem. Oxalá isso seja suficiente.
Mas temo, não tememos todos?, que as dores causadas pelo combate à doença deixem sequelas graves. Infelizmente, parece que assim será, até que finalmente passem os piores momentos. Que a cura seja rápida, digo eu, esperançado.
Já na década de 70 do século passado, os Supertramp perguntavam “Crise? Qual crise?”. É um assunto recorrente, do qual, volta e meia, não nos livramos. E, desta vez, parece que chegou em força. Esta crise ou, como disse recentemente Steve Balmer, CEO da Microsoft, "estes problemas", são consequência, digo eu, da gripe que atacou todo o sistema financeiro mundial. Causada pelo vírus da ganância e da falta de bom senso de muitos. E acelerada pela globalização e pela falta de confiança generalizada, que se repercute diariamente nas Bolsas de todo o mundo. A este nível, o corpo, o hospedeiro é todo o mundo. E o mundo está visivelmente doente.
Que a economia funciona por ciclos já todos sabíamos. E a um ciclo de forte crescimento económico, em que o último terá sido nos anos 90, segue-se um ciclo de desaceleração desse crescimento (que já dura há meia dúzia de anos), de estagnação, ou mesmo de decrescimento - a chamada recessão. A qual já se anuncia em países nossos vizinhos e parceiros comerciais, o que é deveras preocupante.
Por tudo o que ouço, leio e presencio, concluo que as piores consequências desta fase má por que passa o sistema financeiro mundial ainda estão para chegar. Penso que é ser realista pensar que não iremos conseguir passar incólumes. Não nos iludamos, se os nossos parceiros comerciais entrarem em recessão económica, como parece ser o caso da Espanha, nós teremos a mesma sorte. Inevitavelmente.
As consequências mais visíveis serão ao nível do que conhecemos por economia real - o Estado, as Empresas, as Famílias. Na prática, todos nós. A falta de liquidez do sistema, o decréscimo do investimento, as dificuldades de tesouraria nas empresas e instituições, a reestruturação e o encerramento de empresas com o consequente aumento do desemprego, a redução do rendimento disponível das famílias e a baixa no consumo privado são, todos eles, consequências expectáveis daquilo que se avizinha. Infelizmente, digo eu.
A forma como se está a tentar combater esta doença, injectando confiança (e milhões, muitos milhões) nos mercados, parece-me ser uma boa forma de combater a situação no curto prazo. Todos os responsáveis governativos, de todos os países que contam, parecem de facto estar sensibilizados e activos nessa urgente e imprescindível tarefa. Ainda bem. Oxalá isso seja suficiente.
Mas temo, não tememos todos?, que as dores causadas pelo combate à doença deixem sequelas graves. Infelizmente, parece que assim será, até que finalmente passem os piores momentos. Que a cura seja rápida, digo eu, esperançado.