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Não há regra sem excepção! É o que todos gostamos de dizer, em determinadas circunstâncias. Mas não há mesmo? De certeza? Sendo assim, temos aqui um paradoxo. Uma impossibilidade. Vou explicar-te a minha tese; segue o meu raciocínio:
- “Não há regra sem excepção” é, em si mesmo, uma regra. Uma regra usualmente aceite por todos;
- Sendo uma regra, para que ela própria se verifique e não seja contraditória, então, deve ter excepções; ou, pelo menos, uma excepção;
- Ora, a excepção a esta regra é, bem vistas as coisas, que ela tenha pelo menos uma excepção;
Até aqui, tudo bem. Certo?
- Sendo assim, e resumindo, para que esta regra se verifique, deve ter pelo menos uma excepção;
- Ora, se tem pelo menos uma excepção, terá que ser: “Há pelo menos uma regra que tem excepção”;
- Logo, verifica-se ser um paradoxo dizer “Não há regra sem excepção”;
- Quando muito, poderia ser “Não há quase nenhuma regra sem excepção”.
Ele há coisas chatas, não há? Pois há. E vai contra o bom-senso, mas é assim mesmo … digo eu.